sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Sufoco.

Aquela noite te olhei. Te senti tão, mas tão perto. Seu olhar me acariciava, me protegia, tirava meu medo. Pude então olhar bem fundo, me afogar no mar de seus olhos, respirando por baixo dele sem agonia. Algo surreal, mas acontecia.

...

Hoje te olhei. Não encontrei seus olhos nos meus. Sombras tomaram conta da minha visão, a solidão dessa vez se encarregou de me acariciar. Asperoso, doloroso, triste. Queria fugir, mas não consegui por um bom tempo. Queria respirar, mas dessa vez o surreal não existiu. Me afoguei, sem gosto, sem vida, sem nada. Onde está a luz, eu não sei. Onde está a saída, eu não sei. Hoje estou aqui, esperando voltar para onde estive há dias atrás. Não preciso de nada além do seu olhar, me dizendo denovo que vale a pena lutar.
Lutar. Lutar. Tudo que eu posso fazer é lutar.
Ou renda-se, renda-se. Renda-se e só.

Um comentário:

Mari disse...

É impressionante como eu sempre me identifico com seus textos.
O que fazer lutar ou se render?!

(Liiiindo *________*)
beijoos