sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Sufoco.

Aquela noite te olhei. Te senti tão, mas tão perto. Seu olhar me acariciava, me protegia, tirava meu medo. Pude então olhar bem fundo, me afogar no mar de seus olhos, respirando por baixo dele sem agonia. Algo surreal, mas acontecia.

...

Hoje te olhei. Não encontrei seus olhos nos meus. Sombras tomaram conta da minha visão, a solidão dessa vez se encarregou de me acariciar. Asperoso, doloroso, triste. Queria fugir, mas não consegui por um bom tempo. Queria respirar, mas dessa vez o surreal não existiu. Me afoguei, sem gosto, sem vida, sem nada. Onde está a luz, eu não sei. Onde está a saída, eu não sei. Hoje estou aqui, esperando voltar para onde estive há dias atrás. Não preciso de nada além do seu olhar, me dizendo denovo que vale a pena lutar.
Lutar. Lutar. Tudo que eu posso fazer é lutar.
Ou renda-se, renda-se. Renda-se e só.

sábado, 5 de setembro de 2009

Me perdoe...

...pelas promessas não cumpridas, pelos olhares ensanguentados, pelas consoantes humilhantes, ameaçadoras, erroneas, perdidas. Me perdoe pelas atitudes decepcionantes; até mesmo as que se escondem da sabedoria alheia. Me perdoe pelos segredos contados, pelo sangue derramado, pelos sonhos, confianças, corações quebrados. Me perdoe por não conseguir falar quando calma, paciente, sóbria. Me perdoe pela cobrança, pela esperança, pelo desentendimento e auto-sofrimento. Me perdoe por não querer olhar para trás e não conseguir enxergar nada quando olho pra frente. Me perdoe pelas ações falsas, pela confiança não retribuida, pelo amor não correspondido. Me perdoe pela falta e exagero de sentimentos. Me perdoe por hoje não saber quem eu sou e envolver muita gente nisso.

Me perdoe pelo o que está por vir e por não conseguir mudar o que passou e o que é. Me perdoe, quando até mesmo eu não sou e nunca serei capaz de me perdoar.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Somedays I'm still fighting...

...to walk towards the lights.

Tinha esquecido o quanto me fazia bem aparecer aqui e colocar o que passa na minha cabeça. Ao invés disso fui guardando tudo dentro de mim e hoje fica difícil de contar, de colocar, de soltar.

Se eu pudesse te contar o meu medo, os meus segredos, talvez você já teria me ajudado. Acontece que está tudo bem, mas de vez enquanto ainda enxergo aqueles rostos, ouço aquelas musicas, sinto aquele frio. Me lembro das minhas decisões, e dói ver que não cumpri nenhuma. Fraca, é o que eu acho de mim. Forte, é o que eu quero que você me veja. As vezes eu tento entender por que o ruim acontece com os bons, com os que nunca fizeram nada pra machucar alguém e com os que têm que perdoar com frequência. Agora eu olho envolta de mim, tenho tudo o que muita gente gostaria de ter. Viro os olhos pra dentro de mim, falta muita coisa. Agora, eu só queria entender porque palavras e atitudes alheia influenciam tanto na vida de todo mundo, só queria saber isso.